Americanos e russos disputam transporte de passageiros em Franca

Chineses também controlam as grandes companhias que atuam no mercado de aplicativos que operam na cidade

Da Redação/FF1

O transporte de passageiros via aplicativo é um sistema que surgiu nos últimos anos e hoje está presente em todo o mundo. No Brasil a iniciativa já é utilizada em larga escala, mas a falta de uma regulamentação clara ainda gera problemas.

Em Franca não é diferente, o serviço ajuda nas horas necessárias, mas as reclamações também são muitas, tanto de motoristas quanto de passageiros.

Para os passageiros, são situações como veículos que não aparecem para fazer as corridas, cobranças abusivas, assédio por parte de condutor entre outros.

Entre os problemas narrados à reportagem por usuários do serviço em Franca, há até casos de veículos que pararam por falta de combustível e de motorista sem carteira de habilitação.

Por parte dos condutores as reclamações se referem, principalmente, à falta de suporte por parte de empresas como a Maxim, que surgiu na Rússia. “Eles cobram 17% em cima das corridas, mas não temos nem seguro. Se acontecer um acidente, o passageiro e o motorista ficam na mão, sem qualquer respaldo”, falou um motorista.


A reportagem teve acesso à mensagem de um aplicativo enviada a um passageiro lesado durante uma corrida. Nela, a empresa alega não ter responsabilidade sobre as ações dos condutores. E manda o próprio passageiro ir atrás da motorista que o lesou, caso queira ter de volta o dinheiro cobrado a mais na corrida.

Direitos
Decisões da Justiça em casos parecidos mostram que a responsabilidade é compartilhada, em casos do tipo, mesmo quando a culpa é do motorista.

Em uma recente sentença envolvendo uma empresa de transporte, o juiz diz que como o aplicativo é remunerado por cada corrida, ele atrai para si a “responsabilidade solidária”. No caso em questão, o motorista teria ofendido as passageiras com “agressões verbais” e ainda deixado elas antes do destino.

O problema foi parar na Justiça e na sentença o juiz obrigou a empresa a pagar R$ 10 mil a cada uma das passageiras. A companhia ainda recorreu para tentar reduzir a indenização, mas o valor acabou mantido pela Justiça.

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