A Justiça Eleitoral de Pedregulho decretou a nulidade dos votos obtidos pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Jeriquara e resolveu cassar os diplomas dos candidatos do município nas eleições de 2024.
A ação, movida pelo promotor eleitoral Filipe Teixeira Antunes, revelou que o Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) foi fraudado. O documento apresentava uma candidatura fictícia, criada para cumprir a cota de gênero exigida por lei, que determina que cada partido ou coligação preencha entre 30% e 70% de candidaturas de cada sexo nas eleições proporcionais.
A candidata fictícia, Ithaynara Costa dos Santos, não possuía filiação partidária, recebeu apenas 5 votos no pleito e apresentou movimentação financeira de campanha insignificante. Essas evidências indicam que ela não tinha intenção real de se eleger.
Além disso, Franciele Marquesini, presidente do PDT de Jeriquara, e Manoel José de Oliveira, segundo secretário do partido, foram considerados responsáveis por contribuir decisivamente para a fraude, auxiliando Ithaynara nos atos preparatórios ao registro da candidatura.
Por esses motivos, os três foram condenados à ilegalidade por oito anos, a contar da eleição de 2024, o que os torna inelegíveis durante esse período. A decisão foi tomada no dia 14 de abril e a reportagem não conseguiu contato com os envolvidos.
