Patrocínio Paulista (SP) – Uma nutricionista teve seu registro profissional suspenso após ser acusada de liberar alimentos em condições impróprias para consumo, como arroz com larvas e carnes em estado de decomposição, para pacientes da Santa Casa de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), por meio do promotor Túlio Vinícius Rosa, que também imputou à profissional o crime contra as relações de consumo, previsto na Lei nº 8.137/1990. A decisão judicial que determinou a suspensão foi proferida na última segunda-feira (19/5) pelo juiz Daniel Carrijo.
Alimentos com larvas e cardápios fictícios
De acordo com as investigações da Promotoria de Justiça, ao longo de 2024, a nutricionista — que era responsável pela alimentação na Santa Casa à época — teria determinado o uso de arroz com larvas e carnes com odor fétido e coloração escurecida no preparo das refeições. A orientação dada à equipe seria para que esses alimentos fossem apenas lavados antes do uso.
A apuração também revelou que a nutricionista elaborava cardápios fictícios, contendo itens que sequer estavam disponíveis no estoque do hospital. Como resultado, os profissionais eram obrigados a improvisar refeições, comprometendo o valor nutricional e a segurança alimentar dos pacientes.
Impacto direto no tratamento dos pacientes
Segundo o Ministério Público, a conduta da profissional colocou em risco a saúde dos pacientes internados e comprometeu o tratamento médico oferecido pela instituição.
“Tal conduta comprometeu não apenas a qualidade e a segurança das refeições servidas, mas também o próprio tratamento médico dos pacientes”, destacou o promotor na denúncia.
O nome da nutricionista não foi divulgado. Até o momento, a defesa da profissional não foi localizada pela reportagem.
