A partir de agora, pacientes em espera para transplante de órgãos ou tecidos em São Paulo podem consultar sua posição na fila através do aplicativo Poupatempo. Disponível para dispositivos Android e iOS, a nova funcionalidade é uma iniciativa do programa de Saúde Digital da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que visa oferecer maior transparência e agilidade no processo.
Com a atualização, pacientes podem acompanhar de forma prática e intuitiva o andamento de seu cadastro e as atualizações pertinentes. Atualmente, mais de 24 mil pessoas aguardam por um transplante no estado, e o Sistema Estadual de Transplantes adota critérios rigorosos para assegurar uma distribuição justa, considerando a gravidade do caso, o tempo de espera e a compatibilidade.
Como Funciona a Fila de Transplante em São Paulo?
A gestão dos cadastros de potenciais receptores é realizada pelo Sistema Estadual de Transplantes. A inscrição no cadastro é feita por uma equipe transplantadora, que acompanha o paciente antes e após o procedimento. A central estadual de transplantes também é responsável pela distribuição dos órgãos doados, seguindo critérios técnicos estabelecidos por lei.
Os critérios incluem:
Compatibilidade do grupo sanguíneo ABO.
Tempo de inscrição do receptor.
Relação antropométrica (peso e altura) entre doador e receptor.
Situações de priorização para casos graves com risco iminente de morte.
Por exemplo, pacientes com condições graves, como dificuldades severas de mobilidade e necessidade de administração contínua de medicamentos intravenosos, têm prioridade na lista de espera para transplantes, como o do coração.
A equipe técnica responsável submete documentação à central de transplante, que é avaliada por uma câmara técnica composta por médicos especializados. Após o transplante, os casos de priorização passam por auditoria para garantir conformidade.
É crucial lembrar que cada estado mantém sua própria lista de espera e um paciente não pode estar inscrito em mais de uma lista estadual. Além disso, as crianças e adolescentes até 18 anos têm prioridade quando o doador é da mesma faixa etária ou em casos de concorrência com adultos.
Essas medidas visam evitar fraudes e assegurar que os critérios de seleção e priorização sejam justos e transparentes para todos os pacientes.
