O prefeito de Ipuã (SP) e uma farmacêutica do quadro de servidores municipais tiveram seus bens bloqueados pela Justiça, em decisão liminar proferida na quarta-feira (11/6), a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP). Ambos são réus por improbidade administrativa, e o valor do bloqueio judicial chega a R$ 21.597,97.
Segundo a ação civil pública, ajuizada pelo promotor André Zanutim, o caso envolve acumulação irregular de cargos públicos. A decisão também determinou o afastamento imediato da servidora de suas funções, com suspensão do salário.
De acordo com a denúncia, além de atuar como farmacêutica em Ipuã, a servidora assumiu outro cargo público na Prefeitura de Guaíra, cidade vizinha, com jornada das 13h às 19h. A Promotoria aponta que havia sobreposição de horários entre os dois empregos, o que impossibilitaria o cumprimento integral das atividades em Ipuã — mesmo assim, a profissional teria continuado recebendo salário normalmente.
Uma auditoria realizada pelo MPSP constatou que a servidora deixou de cumprir 678 horas de trabalho entre dezembro de 2023 e outubro de 2024.
O Ministério Público argumenta que a responsabilidade também recai sobre o prefeito de Ipuã, por possível omissão na fiscalização da carga horária da servidora.
A reportagem tentou contato com os envolvidos, mas não obteve êxito até a publicação desta matéria.