Ministério Público aciona médica que atacou vacinação
Promotores pedem que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão a título de indenização por danos morais difusos
Da Redação/FF1
O Ministério Público de São Paulo ingressou nesta quarta-feira, 17, com ação civil pública contra uma médica que atacou a vacinação infantojuvenil. A alegação é de que ela disseminou informações falsas usando para isso as redes sociais.
Os promotores pedem que ela seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão a título de indenização por danos morais difusos. No processo, figuram no polo passivo as redes sociais Facebook e X.
Na ação também é pedida a remoção de posts nos quais a médica trata do assunto. O processo é movido pela promotoria da Infância e Juventude da Capital, mas os posts teriam repercutido em todo o estado, já que a médica conta com mais de 150 mil seguidores.
Segundo a promotoria, em suas publicações a médica relaciona a imunização de crianças e adolescentes contra a covid-19 à infertilidade. Também menciona alteração genética e mudança nuclear.
Câncer Promotores dizem que a profissional, entre outras inverdades, faz falsa relação entre os imunizantes contra o HPV e a incidência de câncer no colo do útero.
Para isso, ela cita casos isolados, “sem peso estatístico, tampouco conclusivo e contundente”, argumenta o Ministério Público.
Até a tarde desta quinta-feira, 18, a Justiça não havia se posicionado sobre os pedidos do MP. A médica não foi localizada pela reportagem para dar sua versão.